quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Informações sobre o Paraguai - Parte 1

Junto com Bolívia é um dos paises mais pobres de América Latina e um dos que tem suportado por mais tempo o mesmo ditador no governo. Paraguai mostra-se hoje como um país misterioso para aqueles que gostam dos lugares com um rico passado indígena e com um território onde se faz o futuro a golpe de esperança.

INFORMAÇÃO PRÁTICA

ALFÂNDEGA E DOCUMENTAÇÃO
Passaporte legalizado, passagem de saída e recursos financeiros suficientes. Não há necessidade de visto para as estadias até 90 dias. É necessário preencher o cartão de turismo gratuito que é entregue na entrada do país.
CLIMA
Clima subtropical com temperaturas quentes no verão e temperadas nos meses de inverno. A temporada de chuvas extende-se de outubro até abril.
EQUIPAMENTOS DE VIAGEM
Recomenda-se roupas leves de algodão, calçados confortáveis, capa de chuva, óculos de sol, chapéu, protetor solar e repelente contra insetos. Para quem realizar viagens pela Região do Charco é aconselhável faze-lo com as providências necessárias, assim como combustível suficiente, lanternas e ferramentas básicas.
IDIOMA
Os idiomas oficiais são o espanhol e o guarani.
RELIGIÃO
A maioria da população é católica em 96%. Outras em 4%.
ELECTRICIDADE
A corrente elétrica é de 220 volts a 50 Hz.
MOEDA E CÂMBIO
A moeda oficial é o Guarani (PYG). UM (PYG) equivale a 100 centavos. Existem moedas de 1, 5, 10, 50 e 100 guaranis. Cédulas de 100, 500, 1.000, 5.000, 10.000 e 50.000 guaranis. O melhor é trocar nas casas de câmbio, também há cambistas frente aos escrtórios de controle de passaporte do lado paraguaio.
EMERGÊNCIA-SAÚDE-POLICIAMENTO
Precisa-se de vacinação anti-malária. É aconselhável a vacinação contra febre tifóide, tuberculose e o tétano. Não beber água da toneira nem comer alimentos crus. Para emergências médicas e policiais pedir ajuda nas recepções do hotéis.
CORREIOS E TELEFONIA
O correio é acessível e barato no escritório principal de Assunção. Para chamar o Paraguai deve-se marcar 00-595 mais prefixo da cidade, seguido do número desejado.
FOTOGRAFIA
O material fotográfico é mais caro e de menor qualidade, por isso aconselhamos viajar com o material necessário.
HORÁRIO COMERCIAL
A maioria das lojas abrem das 7 da manhã e fecham às 13 horas, o horário para descanço é das 12 às 15 horas, principalmente nos meses de verão. Logo mais tarde fecham novamente às 19 horas. Os bancos abrem das 7 às 10:30 horas no verão e de 7 às 11:30 horas no inverno.
GORJETAS
Em alguns estabelecimentos inclui 10% do total da conta, em relação aos serviços. Sem dúvida, a maioria dos prestadores de serviços esperam por alguma coisa. Se está satisfeito com o serviço recebido aconselhamos a dar gorjeta.
TAXAS E IMPOSTOS
Existe uma taxa de aeroporto.

SITUAÇÃO E GEOGRAFIA

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
A República do Paraguai tem fronteiras com Bolívia, Brasil e Argentina e ocupa uma superficie de 400.000 quilômetos quadrados. A capital, Assunção (com perto de 500.000 habitantes), localiza-se a beira do rio Paraguai que divide o país em duas regiões: a Região Oriental e o Charco Boreal também conhecido como a Região Ocidental.

FLORA E FAUNA

Sem dúvida nenhuma o rio Paraguai o terceiro mais extenso da América e que divide o país em duas zonas muito diferenciadas é o centro de todo o ecossistema. Ao oeste do Chaco (o outro rio de importância do país), localiza-se uma extensa zona árida ocupando mais da metade do território do país. Pelo contrário no leste onde concentra-se a maior parte da população as terras são férteis inclusive em determinadas áreas podem ser vistos bosques de tipo subtropical, conretamente no curso do Rio Paraná, que marca a fronteira com Brasil e Argentina.
A fauna do Paraguai é muito diversa e rica, abundante em mamíferos (destacando onças e antas), répteis (como a cobra constritor) e aves.

HISTÓRIA

DADOS HISTÓRICOS

PRIMEIROS HABITANTES

Antes do descobrimento da América o Paraguai estava habitado pelos índios Guaranis, que povoaram certas zonas dos Andes e as márgens do rio Amazonas. Os meio de vida eram a caça, a pesca e a lavoura para conseguir alguns alimentos. Quando chegaram os espanhóis em 1524 ficou fundada a cidade de Assunção e transformou-se no centro do poder hispânico no sudeste de América do Sul.

A ÉPOCA COLONIAL

Durante o século XVII grande parte da população guaraní fugiu para os bosques não ficando sobre o domínio dos espanhóis, embora os jesuítas convenceram muitos para que ficassem nas missões.
Ali 150.000 índios costruíram as suas moradas, trabalhando a terra, fazendo artesanato e instrumentos musicais tradicionais. Mesmo asssim, ficou proibido a troca de dinheiro dentro do território de caráter religioso.
Com o tempo as organizações do norte foram prosperando, situação que não agradou aos coronéis. Tanto o poder econômico quanto o religioso ameaçaram a sua autoridade e a situação tomou outro sentido. As comunidades foram saqueadas e alguns índios voltaram de novo para a selva.

A INDEPENDÊNCIA

Em 1811 Paraguai declarou-se independente. Os primeiros ditadores do Paraguai tentaram tirar o país do subdesenvolvimento evitando a ajuda do estrangeiro. Durante um tempo foi considerado um dos paises com mais índice de analfabetismo de América Latina e avançava a passos gigantescos no setor econômico. Por não ter o Paraguai acesso ao mar, as suas exportações dependiam dos paises vizinhos, que aproveitavam a circunstância, o que revertiu, com a intervenção britânica, em sérios conflitos tanto internos como externos. Em 1852, os brasileiros derrubaram o ditador Rosas e penetraram no Paraguai. Isto provocou a guerra da Tríplice Aliança, que este país lutou contra Argentina, Uruguai e Brasil. Ao final da guerra quase toda a população paraguaia estava exterminada.
Vários ditatores chegaram ao poder até 1954, em que Alfredo Stressner ocupou o cargo supremo do país. Stressner praticou um regime brutal e repressivo, sempre dependente dos Estados Unidos. Finalmente, depois de muitos anos a pressão interna acabou com o regime, tomando a direção o general Andrés Rodríguez. A partir de então, a situação econômica melhorou a passos lentos e produziu0 alguma reforma, a nível político. No ano de 1993 foi eleito presidente, de forma democrática, Juan Carlos Wasmosy, que deu um certo impulso ao desenvolvimento do país.

ARTE E CULTURA

Se tem alguma coisa a destacar das manifestações culturais do Paraguai esta é a sua música. Apesar de suas origens encontrarem-se nos rítmos espanhóis, com certas influências africanas e brasileiras, a música paraguaia cativa de imediato a quem escutar. A guitarra junto com o arpa, são os principais istrumentos. Entre os compositores de importância distingue-se Agustín Barrios (falecido em 1944), com obras únicas e de grande qualidade e composiçao.
Quanto a dança tem que ressaltar as célebres polkas e a dança da garrafa chamada assim, pois os dançantes levam uma garrafa – ou copo com água – em suas cabeças.
A literatura sem desprezo para outros grandes literatos, tem o seu melhor representante no escritor Augusto Roa Bastos.
As últimas propostas da arte, escultura e pintura, podem ser admiradas em algumas das galerias, especialmente em Assunção. As obras de teatro vão em cena com relativa frequência.

LOCAIS TURÍSTICOS

ASSUNÇÃO
Perto de 500.000 habitantes é a capital do Paraguai. Houve um tempo em que esta cidade foi a mais importante do sul do continente, porém decaiu pela sombra de Buenos Aires. A influência da colônia espanhola ainda deixa-se ver nas ruas e prédios, especialmente nas zonas perto do rio. Como lugares dignos de serem visitados destacamos o Jardim Botânico, muito próximo de Assunção. Ali, pode-se ver insetos, cobras e outros animais e plantas. Na zona do centro tem que destacar a Catedral e o Palácio do Governo, onde pode-se desfrutar umas boas vistas do rio; a Casa de Cultura Paraguaia em um belo edifício do século XIX; a Casa da Independência, que é o edifício mais antigo da capital e o Museu do Barro, com o melhor da arte moderna.
OS ARREDORES DE ASSUNÇÃO
Para quem dispõe de pouco tempo nada melhor que acercar-se a Itauguá, onde pode adquirir os famosos ñanduti (tecidos feitos por mulheres do Paraguai) e os centros de lazer de San Bernardino e Areguá todos localizados no Lago Ypacari.
Ao oeste localiza-se Caacupé o mais importante centro religioso do Paraguai e o Parque Nacional Ybycuí onde pode-se ver impressionantes bosques pluviais.
ENCARNAÇÃO
Frente a cidade argentina de Posadas, a beira do Paraná, Encarnação é o melhor ponto de partida para descobrir a interessante Reducción Jesuíta de Trinidad, a 20 quilmetos do noroeste da cidade. Em San Ignacio de Mini, também há outra importante ruina.
Para os amantes do ferrocarril tem uma locomotiva de 1870 na estação. Por último, o Mercado do Ferry oferece outra boa distração. Ali pode-se hospedar em qualquer um dos hotéis colindantes. Esta cidade conecta-se com Posadas mediante uma ponte para pedestres.
CONCEPÇÃO
É uma cidade ao norte de Assunção as márgens do rio Paraguai. O mais interessante desta cidade é o mercado, no que pode-se adquirir artigos muito curiosos.
PEDRO JUAN CABALLERO
Marca o limite entre Brasil e Paraguai, porém nao há fronteira propriamente dita, já que o limite consiste em cruzar uma rua a Ponta Porã. Em geral, a cidade nao oferece muitas possibilidades ao turista. Mas se desejar pernoitar, poderá dirigir-se ao Hotel Eriuzo; é caro mas conta com um bom restaurante.
A REGIÃO DO CHACO
A região do Chaco é uma zona aonde prevalece uma importante população indígena.
FILADÉLFIA
É a principal cidade do centro do Chaco. O melhor é ver a atividade da cidade e escutar as histórias dos seus habitantes. Aqui se encontra uma importante comunidade de menonitas, emigrados do Canadá (as outras localidades aonde pode-se ver a este seguidores das doutrinas de Memmo Simón são Loma Plata e Neu Halbstad, onde também se pode adquirir belos trabalhos indígenas).
NOVA AUSTRÁLIA
Trata-se de uma antiga colônia australiana onde respira-se um ambiente tranquilo. Poderá desfrutar das melhores comidas no campo e conhecerá gente que desfruta do tempo de forma pausada.
GASTRONOMIA
A gastronomia paraguaia oferece um inúmero de pratos gostosos e deliciosas sobremesas. A comida típica é preparada com produtos frescos e naturais, ja que é costume consumir o que coleta-se no dia. Podem-se encontrar durante todo o ano gostosas frutas frescas.
A carne junto com os pratos "subtropicais" são os mais comuns. No Paraguai encontra-se excelentes pratos preparados com milho e mandioca. Aconselhamos provar o locro, a maazmorra e o baipy, um puré quente de milho e pedaços de carne. Quanto as sobremesas não tem melhor que o baipy he, uma deliciosa mistura de milho e leite. "mate", bebida quente preparada con ervas do mesmo nome consome em quantidades industriais.
COMPRAS
O artesanato paraguaio apresenta claramente a influência das tradições guaranis e espanholas. Encontrará o Ñanduti ou tela de aranha ou chamado também "tela do Paraguai", tecido feito à mão e desenvolvido especialmente em Itauguá, muito perto da capital. Também pode se encontrar nas pòpulações de Yatayty, Altos, Ypacaraí e Carapeguá.
O Aó Po'I é um tecido de tela fina, de trama completamente apertada, no que se bordam com linhas finas motivos vegetais. Em ocasiões incluem-se figuras feitas com "ponto de cruz". O principal centro é a cidade de Yatayty.
Com a lã se produz ponchos o "charas" de lã grossa ou "paraí" de lã fina, redes, faixas, chales, aperos, reboços, cobertas, bolsas, mantas e tapetes. Os melhores lugares para este tipo de compra são Carapeguá, Piribebuy e o Departamento de Missões.
Quanto o artesanato indígena tem a destacar as cestas, chapeús, porta-copos realizados com fibras naturais como a plama, coco, junco, palha ou cipós. Perto de Lipio, nas lojas dos índios Maká podem-se adquirir preciosos trabalhos feitos com penas.
Outro dos artigos mais procurados são os trabalhos em couro, talhados em madeira, instrumentos musicais, ourivesaria e olaria (estas últimas combinam elementos como o cacho de vaca, madeiras finas com ouro ou prata.
POPULAÇÃO E COSTUMES
Paraguai tem uma população de aproximadamente 5 milhões de habitantes os quais 95% são mestiços. As línguas oficiais são o espanhol e o guaraní. A maior parte da população é católica (97%), no entanto o resto se reparte entre menonitas e protestantes.
Se alguma coisa pode diferenciar os paraguaios do resto dos habitantes da América do Sul é a sua particular visão do tempo, na que as coisas são tomadas com toda calma. Não desespere se perceber um certo "desenfado", é que os paraguaios são pessoas para os quais o tempo não supõe um conflito essencial.

ENTRETENIMENTO E FESTIVIDADES

ENTRETENIMENTO
Paraguai é um paraíso para os amantes das atividades ao ar livre ou para quem procura turismo alternativo ou atividades ecoturísticas. Recomendamos as excursões a pé, especialmente na zona de Ybycui e o Parque Nacional Cerro Corá. O melhor lugar para a pesca e o camping é Villa Flórida, onde também pode-se nadar e praticar certos esportes aquáticos. Para quem busca recuperar a saúde, nada de melhor que procurar as águas do Lago Ypacarí.
Para quem gosta de expedições, o recomendável é realizar uma viagem pela região do Chaco, providos do necessário e em quantidades suficientes.
FESTIVIDADES
1 de Janeiro, 1 de Março, 4 e 5 de Abril, 1 e 14 de Maio (Dia da Independência), 12 de Junho, 15 de Agosto e 25 de Dezembro.

TRANSPORTES

Avião
As Linhas Aéreas Paraguaias operam cinco vôos semanais entre Buenos Aires e Assuncão, assim como alguns pontos do norte do país e da Região do Chaco.
Terra
Tem ônibus e trem que vão de Assunção a Buenos Aires e a Posadas. Também, pode-se viajar em ônibus desde a cidade argentina de Porto Iguassú até Porto Stroessner. No interior do país achará muitos ônibus que ligam as principais cidades.
Em Assunção e nas principais localidades encontrará muitos ônibus urbanos e táxis. Nestes últimos é conveniente combinar o preço, antes de iniciar o trajeto.
Fonte: www.rumbo.com.br
Paraguai
Nome Oficial: República del Paraguay / Têta Paraguái (República do Paraguai)
Capital do Paraguai: Assunção
Área: 406.750 km² (58º maior)
População: 5,734 milhões (2002)
Idiomas Oficiais: Espanhol, Guarani
Moeda: Guarani
Nacionalidade: Paraguaia
Principal Cidade: Assunção, Ciudad del Este, San Lorenzo
Fonte: www.webbusca.com.br
Paraguai
Nome oficial: República do Paraguai (República del Paraguay).
Nacionalidade: paraguaia.
Data nacional: 14 e 15 de maio (Independência); 25 de agosto (Dia da Constituição). 
Capital: Assunção.
Cidades principais: Assunção (550.060) (1997); Ciudad del Este (133.881), San Lorenzo (133.395), Lambare (99.681), Fernando de la Mora (95.287) (1992).
Idioma: espanhol (oficial), guarani.
Religião: cristianismo 92,9% (católicos), outras 7,1% (1995).

GEOGRAFIA DO PARAGUAI

Localização: centro-sul da América do Sul. 
Hora local: -1h. 
Área: 406.752 km2. 
Clima: tropical seco (NO e NE), tropical (centro), subtropical (S). 
Área de floresta: 115 mil km2 (1995).

POPULAÇÃO DO PARAGUAI

Total: 5,5 milhões (2000), sendo eurameríndios 95%, ameríndios 3%, europeus ibéricos 2% (1996). 
Densidade: 13,52 hab./km2. 
População urbana: 55% (1998). 
Crescimento demográfico: 2,6% ao ano (1995-2000). 
Fecundidade: 4,17 filhos por mulher (1995-2000). 
Expectativa de vida M/F: 67,5/72 anos (1995-2000). 
Mortalidade infantil: 39 por mil nascimentos(1995-2000). 
Analfabetismo: 6,7% (2000). 
IDH (0-1): 0,736 (1998).

POLÍTICA DO PARAGUAI

Forma de governo: República presidencialista. 
Divisão dministrativa: 17 departamentos. 
Principais partidos: Colorado, coalizão Aliança Democrática (AD) (Liberal Radical Autêntico, PLRA; Encontro Nacional, EN). 
Legislativo: bicameral - Senado, com 45 membros; Câmara dos Deputados, com 80 membros. Ambos eleitos por voto direto para mandato de 5 anos. 
Constituição em vigor: 1992.

ECONOMIA DO PARAGUAI

Moeda: guarani. 
PIB: US$ 8,6 bilhões (1998). 
PIB agropecuária: 25% (1998). 
PIB indústria: 26% (1998). 
PIB serviços: 49% (1998). 
Crescimento do PIB: 2,8% ao ano (1990-1998). 
Renda per capita: US$ 1.760 (1998). 
Força de trabalho: 2 milhões (1998). 
Agricultura: Principalmente soja, algodão em pluma, cana-de-açúcar e mandioca.
Pecuária: bovinos, suínos, aves. 
Pesca: 28 mil t (1997). 
Mineração: calcário, gipsita, petróleo. 
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, petroquímica, gráfica e editorial, metalúrgica, produtos minerais não metálicos. 
Exportações: US$ 1 bilhão (1998). 
Importações: US$ 3 bilhões (1998). 
Principais parceiros comerciais: Brasil, EUA, Argentina, Holanda (Países Baixos) e Japão.

DEFESA DO PARAGUAI

Efetivo total: 20,2 mil (1998). 
Gastos: US$ 128 milhões (1998).
A GUERRA DO PARAGUAI
Paraguai no século XIX era um país que destoava do conjunto latino-americano por ter alcançado um certo progresso econômico autônomo, a partir da independência em 1811. Durante os longos governos de José Francía (1811-1840) e Carlos López (1840-1862), o analfabetismo havia diminuído significativamente no país e haviam surgido fábricas -- inclusive de armas e pólvora --, indústrias siderúrgicas, estradas de ferro e um eficiente sistema de telégrafo. As "estâncias da pátria" (unidades econômicas formadas por terras e instrumentos de trabalho distribuídos pelo Estado aos camponeses, desde o governo Francia) abasteciam o consumo nacional de produtos agrícolas e garantiam à população emprego e invejável padrão alimentar.
Nesse quadro de relativo sucesso socioeconômico e de autonomia internacional, Solano López, cujo governo iniciou-se em 1862, enfatizou a política militar-expansionista, a fim de ampliar o território paraguaio. Pretendia criar o "Paraguai Maior", anexando, para isso, regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil (como Rio Grande do Sul e Mato Grosso). Obteria, dessa forma, acesso ao Atlântico, tido como imprescindível para a continuação do progresso econômico do país.
Usando como pretexto a intervenção brasileira no Uruguai e contando com um exército bem mais numeroso que o do oponente brasileiro, Solano López tomou a ofensiva ao romper relações diplomáticas com o Brasil, em 1864. Logo depois, como medida complementar, ordenou o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai, retendo, entre seus passageiros e tripulantes, o presidente da província do Mato Grosso, Carneiro de Campos. A resposta brasileira foi a imediata declaração de guerra ao Paraguai.
Em 1865, mantendo-se na ofensiva, o Paraguai havia invadido o Mato Grosso e o Norte da Argentina, e os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tríplice Aliança contra Solano López. Apesar de as primeiras vitórias da guerra terem sido paraguaias, o país não pôde resistir a uma guerra prolongada. A população paraguaia era muito menor que a dos países da Tríplice Aliança e, por maior que fosse a competência do exército paraguaio, a ocupação militar dos territórios desses países era fisicamente impossível, enquanto o pequeno Paraguai podia ser facilmente ocupado pelas tropas da Aliança.
Considerações importantes sobre a Guerra do Paraguai:
"Muitos acreditam que a Inglaterra tinha interesses nessa Guerra bem como Solano López era um "desenvolvimentista".
"É imprescindível a compreensão real daquele conflito. Nunca a Inglaterra teve interesse nessa guerra. O Brasil inclusive se encontrava de relações rompidas com essa potência européia. Quanto ao Paraguai, dizer que era um país tido com um "modelo de desenvolvimento autônomo", é desconhecer o poder dinástico da família López, que tratava o Paraguai como uma imensa fazenda e sua população como verdadeiros escravos. Havia escravidão no Paraguai e grande parte das receitas paraguaias foram gastas pelo ditador Solano López na aquisição de farto material bélico na Europa. Se houve uma potência estrangeira interessada nessa guerra, essa potência eram os Estados Unidos, cujo embaixador em Assunção, general MacMahon, não apenas incentivou as ações bélicas de Solano López, como também o acompanhou em sua fuga pelo interior do Paraguai. Por fim, aconselho a leitura do livro "Maldita Guerra", do historiador brasileiro Francisco Doratiotto, um trabalho sério que com farta documentação histórica desmente o mito de Solano López, que segundo o intelectual paraguaio Guido Alcála foi um verdadeiro precursor de Adolf Hitler"
Fonte: www.portalbrasil.net
Paraguai

História do Paraguai

O Paraguai é um dos menores países da América Latina, com uma área de 406.752 km², tem um território menor que o Estado brasileiro de Minas Gerais. Sua população também não é grande, tendo por volta de 6 milhões de habitantes, formado basicamente por eurameríndios, guaranis e europeus, que se concentram nas cidades de Assunción (Capital do país, com quase 600 mil habitantes), Ciudad del Este, San Lorenzo, Luque e Capiatá. 


O Paraguai assim como a Bolívia, não tem saída para o mar. Tem grande potencial hidroelétrico, tendo o Rio Paraguai como sua via comercial mais importante. Grande parte do território paraguaio é formada por solos férteis, favoráveis à agricultura e à criação de gado. As planícies ocidentais possuem depósitos de petróleo e de outros minerais. Apesar de seus recursos, o Paraguai é um dos países mais pobres. A pequena população, a falta de porto marítimo e a instabilidade política são alguns dos fatores que dificultaram o seu desenvolvimento.


Os índios guaranis, os primeiros habitantes do Paraguai, viviam da caça, da pesca e da agricultura de subsistência. Suas maiores aldeias situavam-se nas imediações da região onde hoje se localiza Assunção. Aleixo Garcia, um explorador português, foi o primeiro homem branco a adentrar o Paraguai. Atravessou o país em 1524 em busca de prata.


Em 1526, o navegador espanhol Sebastião Caboto subiu o rio da Prata e explorou o rio Paraná. Em 1537, Domingo Martinez de Irala tornou-se governador de todas as possessões espanholas no sul da América do Sul. Nesse mesmo ano, Irala fundou Assunção, local que passou a constituir uma base para as expedições em direção ao interior do continente. Os governadores espanhóis dirigiram de Assunção o sudeste da América do Sul até 1617, quando então Buenos Aires a substituiu como capital.


Os Jesuítas fundaram sua primeira missão no Paraguai em 1609. Em cem anos, construíram 40 missões em toda a região. Durante o séc. XVIII, os jesuítas converteram 150 mil guaranis ao Catolicismo. As missões exportavam os excedentes dos produtos agrícolas, competindo com os grandes proprietários. Os padres criaram um Exército de 7 mil homens para proteger as Missões.


A existência de um império jesuíta alarmou o rei da Espanha, Carlos III. Em 1767, o monarca promulgou um decreto que expulsava os jesuítas de todo o império Espanhol. Logo após esse decreto, a maioria deles viajou do Paraguai para a Itália. Com a partida dos jesuítas, a civilização que criaram começou a declinar.


Em 1776, o Paraguai passou a fazer parte do Vice-Reinado do Prata, cuja capital era Buenos Aires. Em 1811, militares paraguaios depuseram o governador espanhol local e estabeleceram uma junta governativa que proclamou a independência. Em 1816, o Congresso Geral conferiu a José Gaspar Rodriguez Francia poderes absolutos para governar o país vitaliciamente. Sua política interna baseou-se na implacável perseguição aos opositores e, no plano externo, no isolamento nacional, proibindo a imigração e o comércio com outros países. Apesar do seu isolamento, o Paraguai prosperou.


Francia morreu em 1840 e uma Assembléia indicou Carlos Antônio López para governar o país. López, um rico fazendeiro, era sobrinho de Francia. Em 1844, uma outra Assembléia elaborou nova constituição e nomeou López presidente. López modificou radicalmente a política de Francia. Encorajou o comércio e a imigração, tornou o ensino livre e obrigatório, e libertou os escravos negros que trabalhavam para os fazendeiros brancos. Construiu estradas e trouxe técnicos de outros países. López também fez do Exército paraguaio um dos mais poderosos da América do Sul. A constituição foi emendada de modo a permitir que seu filho, Francisco Solano López, se tornasse presidente após sua morte.


O jovem López subiu ao poder em 1862. Três anos depois, tropas brasileiras intervieram em uma revolução no Uruguai. López, em parte por acreditar que a estabilidade da região do Prata estava ameaçada e também por pretender realizar conquistas territoriais, declarou imediatamente guerra ao Brasil. A Argentina recusou-se a permitir que as tropas de López atravessassem seu território para chegar ao Uruguai e, por esse motivo, López também declarou guerra à Argentina.


A revolução no Uruguai terminou em 1865 e o Uruguai aliou-se à Argentina e ao Brasil, formando a Tríplice Aliança. Depois de cinco anos de combates, a guerra terminou com a derrota completa das tropas paraguaias e a morte de Solano López. O Paraguai foi totalmente devastado e mais de 75% de sua população masculina morreu na guerra. A população do país passou de mais de 1 milhão para 221 mil durante esses cinco anos. O Paraguai nunca se recuperou dos prejuízos que sofreu nesse período.


Em 1870, o país adotou uma nova constituição, mas as lutas pelo poder, sobretudo entre grupos rivais do Exército, impediram seu desenvolvimento. A descoberta de petróleo na região do Chaco foi o motivo da guerra do Paraguai com a Bolívia que se iniciou em 1932. A Guerra do Chaco durou três anos, tendo começado com choques fronteiriços. O acordo definitivo de paz, assinado em 1938, deu ao Paraguai cerca de três quartos da área em disputa, aproximadamente 237.800 km2.


Em 1947, o Paraguai foi tomado por uma guerra civil, quando forças rebeldes insurgiram-se contra o presidente Higinio Moríñigo, que governava ditatorialmente o país desde 1940. Os rebeldes foram derrotados, mas os colorados, que apoiavam Moríñigo, dividiram-se em dois grupos rivais. Oficiais do Exército do grupo que se opunha a Moríñigo o forçaram a abandonar o país. Seu candidato, Juan Natalício González, compareceu sozinho às eleições presidenciais de 1948. Depois de alguns levantes, o grupo colorado rival, liderado por Frederico Chaves, tomou o poder em 1950. Chaves, na condição de candidato único, foi eleito presidente em 1953. No ano seguinte, a facção do Partido Colorado que originalmente apoiava Moríñigo recebeu o apoio do Exército e obrigou Chaves a renunciar. O general Alfredo Stroessner, comandante das Forças Armadas, assumiu o poder em maio de 1954 e foi confirmado na Presidência por meio de eleições realizadas em julho, quando concorreu como candidato único.


Em 1957, o governo aceitou sugestões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para estabilizar a moeda paraguaia e desenvolver o seu comércio. Stroessner foi reeleito seis vezes presidente do país, permanecendo no poder até 1989, quando foi derrubado por um golpe militar liderado pelo general Andrés Rodriguez Perdotti.


O general Rodriguez, do Partido Colorado, foi eleito presidente ainda em maio de 1989. Sucedeu-lhe Juan Carlos Wasmosy (Partido Colorado), eleito em 1993. O assassinato do general Ramón Rosa Rodriguez, chefe do serviço antidrogas, causou um conflito político no Paraguai. Além disso, a aprovação da lei que proibia manifestações dos militares colocou em choque o governo e o comandante do Exército, general Lino Oviedo.


Em 1995, entrou em vigor o tratado do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). Nessa época, a situação política e econômica do Paraguai não era nada favorável. Em 1996, o então presidente Wasmosy enfrentou duas greves gerais contra sua política neoliberal, manifestações a favor da saída do Paraguai do Mercosul e uma tentativa de golpe de Estado liderada por Oviedo.


Em 1997, parte do Partido Colorado pediu o impeachment de Wasmosy. Lino Oviedo lançou sua candidatura à Presidência e acusou levianamente o governo de ser covarde e corrupto. Suas declarações levaram Wasmosy a ordenar sua prisão por indisciplina. Em 1998, sua detenção foi prolongada por mais dez anos, devido à tentativa de golpe em 1996, e sua candidatura à Presidência foi anulada.


Os colorados substituíram Oviedo por Raúl Cubas, que ganhou as eleições com 54% dos votos, em maio de 1998. Cubas tomou posse em agosto e libertou Oviedo com um decreto que comutava sua pena de dez anos para os três meses já cumpridos. O Congresso protestou contra o decreto e anulou a decisão de um tribunal militar extraordinário que havia inocentado Oviedo, mas este continuou em liberdade devido ao decreto de Cubas. Em dezembro de 1998, o Congresso considerou o decreto inconstitucional e decretou a prisão de Oviedo por dez anos.


No início de 1999, a crise mundial que atingiu o Brasil deixou o Paraguai numa situação difícil. Com o real valendo menos do que o dólar, acabaram-se as compras feitas por brasileiros em Ciudad del Este, e os paraguaios começaram a comprar produtos mais baratos no Brasil. As vendas de Ciudad del Este, que eram responsáveis por um terço do PIB paraguaio, diminuíram em até 60%, e o Brasil, responsável por 40% das exportações paraguaias, praticamente não comprou nada naquele período.


Além da crise econômica, o Paraguai passou a sofrer também as conseqüências políticas do assassinato do vice-presidente Luis María Argaña, a prisão em regime misto do general Lino Oviedo - que se entregou à Justiça - e a aprovação do processo de impeachment do presidente Raúl Cubas.


A solução para esse entrave político foi dada pelo Brasil e pela Argentina. Raúl Cubas renunciou e veio para o Brasil, e o general Oviedo foi para a Argentina. Assumiu o governo o presidente do Senado, Luis González Macchi, com a tarefa de discutir problemas como a privatização dos serviços públicos, além de ter de encontrar uma solução para a crise paraguaia.


O governo paraguaio pediu a extradição do ex-general Lino Oviedo, a fim de julgá-lo por seu suposto envolvimento no caso do assassinato de Argaña. A recusa da Argentina em extraditá-lo gerou uma crise diplomática. Da mesma forma, o Uruguai negou-se a extraditar o aliado de Oviedo acusado de corrupção, o ex-ministro da Defesa Jose Segóvia.


Em 2000, uma nova tentativa de golpe de Estado foi debelada. O governo acusou Oviedo pelo ocorrido. Este foi preso por policiais brasileiros em Foz do Iguaçu, no Paraná, e passou a aguardar sua extradição em Brasília. Em 2001, o Paraguai negociou com o Brasil a extradição de Oviedo, do ex-presidente Cubas, acusado de desviar uma grande quantia em dinheiro, e de Stroessner, asilado em Brasília, mas teve seu pedido negado.


Em fevereiro de 2002, Raúl Cubas voltou ao Paraguai e entregou-se à Justiça. O ex-presidente irá responder a processos por homicídio, associação criminosa, lesões graves e crimes de natureza econômica. Luis Cubas, irmão de Raúl, disse que ele tomou essa decisão por ter passado a confiar na Justiça. 


Em julho desse ano, Gonzáles Macchi decretou estado de emergência depois que ocorreram protestos violentos pedindo sua renúncia na capital, Assunção, e em Ciudad del Este. Em setembro de 2002, Oviedo foi novamente acusado de envolvimento em uma tentativa de depor Macchi. O Itamaraty advertiu Oviedo de que ele poderá ser expulso caso continue apoiando, em território brasileiro, um golpe contra o presidente paraguaio. Em dezembro do mesmo ano, a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impeachment do presidente Macchi, acusado de corrupção, desvio de dinheiro público e má gestão do país. O processo foi votado em fevereiro de 2003 pelo Senado, mas a oposição não reuniu número suficiente de votos para destituir Macchi.


Em abril de 2003, Nicanor Duarte, do Partido Colorado, venceu as eleições presidenciais. Ele assumiu em agosto, prometendo combater a impunidade, o crime organizado, a pirataria e a lavagem de dinheiro, além de moralizar a administração pública, fortalecer o Mercosul e derrubar o desemprego, que atingia, em 2003, 16% da população paraguaia. Depois de passar o cargo ao sucessor, o ex-presidente Macchi foi impedido pela Justiça de sair do país devido a acusações de corrupção. Em janeiro de 2004, rumores de que criminosos planejavam um atentado contra o presidente fizeram a segurança de Nicanor Duarte redobrar a vigilância.
Fonte: www.pedalnaestrada.com.br
Paraguai
O Paraguai é um pequeno país no coração da América do Sul, pouco conhecido até para os seus vizinhos. Por um longo período de sua história, o país tem se distanciado da corrente principal Latino Americana e durante um longo tempo (35 anos) sofreu com a fortíssima ditadura do general Alfredo Stroessner.
O país tem uma relaxante capital na beira do rio Paraguai, ruínas jesuíticas impressionantes, vários parques nacionais e a extensa e seca região do Chaco - uma das regiões mais desconhecidas e preservadas da América do Sul. Nos últimos anos o país tem-se encaminhado na direção certa para vencer o seu isolamento político, geográfico e econômico para hoje receber visitantes de braços abertos. As diversas cachoeiras na região de Paraguarí, a incrível região do Chaco e o calor do povo fazem do Paraguai um sítio interessante para qualquer viajante.
Alguns Dados Principais
Nome Completo: República del Paraguay
Capital: Assunção ( população 700 mil)
Área: 407.000 km2
População:5 milhões
Povo: 95% Mestiço (descendentes de europeus e índios)
Idioma: Espanhol e Guaraní
Religião: 97% Católica e outras minorias
Governo: República
Presidente: Luis Gonzales Macchi

GEOGRAFÍA DO PARAGUAI

O Paraguai é um país mediterrâneo rodiado pelo Brasil, Argentina e a Bolívia. O país esta dividido em duas regiões desiguais pelo rio Paraguai, o terceiro rio mais cumprido do hemisfério ocidental. Ao oeste do rio encontra-se o Chaco, uma enorme e infertil região pouco povoada que compõem 60 % do território paraguaio. Ao este, onde praticamente toda a população esta concentrada, a terra e fértil e existe água abundante. O país detém matas subtropicais na região do Rio Paraná, perto das divisas com o Brasil e a Argentina.
A vida silvestre é diversificada e existe uma grande variedade de pássaros, repteis, jacarés, serpentes e macacos. No entanto, devido a densa população existente na região oriental muitas espécies como o jaguar, tapir e o tamanduá estão desaparecendo. Na região do Chaco podem-se encontrar diversas espécies de animais convivendo em liberdade com a natureza, e dentre eles podemos destacar os jaguares, javalis e serpentes como a boa e anaconda. O clima na região oriental é úmido, com chuvas que caem levemente durante o ano inteiro. A temperatura se eleva exageradamente no verão (janeiro a março) e fica em torno dos 35 C, mas esta pode cair até 5 C no inverno (Julho a Setembro). As temperaturas são mais elevadas no Chaco e as chuvas incertas.

HISTÓRIA DO PARAGUAI

Os antigos moradores da região oriental do Paraguai eram os nômades Guaranies. Alguns grupos de caçadores, conhecidos como Guaycurús povoavam o Chaco. Em 1524, Alejo García se tornou o primeiro europeu em atravessar o Paraguai, com a ajuda dos guias guaranis. Três anos mais tarde, o Sebastián Gaboto navegou pelo rio Paraguai mais não fundou nenhum assentamento. Isto coube ao Pedro de Mendoza, cuja expedição assentou-se em Assunção depois de fugir do índios perto de Buenos Aires. A cidade de Assunção foi fundada no dia 15 de Agosto de 1537, e tornou-se o centro espanhol de colonização para toda a região sudeste da América do Sul. A população nativa de índios gradualmente absorveu os espanhóis, que adotaram as comidas, costumes e língua guaraní em pouco tempo.
Com o tempo, uma sociedade hispânica - guarani emergiu, onde os espanhóis dominavam a política, e os filhos mestiços adotavam as os valores culturais espanhóis. A colonização também foi marcada pelos missionários Jesuítas que eram enviados para civilizar os Índios. Eles o fizeram com habilidade e paciência. Os índios foram levados a deixar suas terras e estabelecer-se em comunidades onde construíam igrejas, faziam esculturas, pintavam e as vezes ganhavam uma educação clássica.
Depois da expulsão dos missionários em 1767, as comunidades se esvaziaram na medida em que os índios foram empregados por diversos amos. O Paraguai obteve a sua independência em 1811 sem Ter muita resistência espanhola e depois de alguns anos o país encontrava-se baixo o poder do ditador José Gaspar Rodríguez de Francia, conhecido como "O Supremo". Ele fechou as fronteiras do país, promoveu uma política de auto- suprimento e a expropriou terras pertencentes à igreja.
Ele morreu em 1840, e seus restos foram jogados ao rio Paraguai. O seu sucessor, Carlos Antônio Lopez, acabou com o isolamento do país e começou a modernização. Desafortunadamente, ele também teve um filho louco, Francisco Solano, que praticamente destruiu o país quando o levou à guerra da Tripla Aliança, lutada contra o Brasil, Argentina e o Uruguai. A guerra que durou seis anos ( 1864-70) tirou 150.000 km2 do país e acabou com aproximadamente 30% de sua população, incluindo o Francisco Solano Lopez. Depois da guerra, a agricultura paraguaia foi ressuscitada graças a uma onda de imigrantes argentinos e europeus, mas a instabilidade política permanecia.
Na virada do século, começaram as tensões com a Bolívia no território do Chaco, devido a que acreditava-se que na região existiam depósitos de petróleo. Estes depósitos, que não existiam, levou os países a uma guerra em 1932, na qual o exército boliviano foi derrotado pelas tropas paraguaias e ¾ do território do Chaco ficaram para o Paraguai. A política no país tornou-se ainda mais turbulenta após a Guerra do Chaco, até que uma curta guerra civil levou os homens do Partido Colorado ao poder.
Um golpe militar em 1954 levou Alfredo Stroessner à presidência. O general utilizou a tortura, o assassinato, perseguições políticas e fraudes eletorais para manter-se no poder durante 35 anos. Ele foi destituído no golpe militar de 1989 e substituído pelo General Andrés Rodriguez, antigo aliado do Stroessner. Com este novo governo a censura foi eliminada, os partidos de oposição se legalizaram e os presos políticos foram libertados.
Desde então, a política do país tem melhorado, a pesar de que a tumultuada eleição de 1993 trouxe um candidato, Juan Carlos Wasmosy, que não foi aceito por uma grande fação do país. Em maio de 1998, o partido Colorado confirmou a sua força levando Raul Cubas Grau ao poder, um engenheiro elétrico que só assumiu a presidência devido a que o candidato original, Lino Cesar Oviedo foi condenado a prisão por Ter provocado uma suposta tentativa de golpe militar em 1996.
Pouco depois de assumir, o presidente Raul Cubas libertou o Lino Oviedo por meio de um decreto, contrariando a decisão da Corte Suprema de Justiça, que condenou o ato anticonstitucional. O país voltava a viver momentos de enorme instabilidade política. O vice- presidente Luis Maria Argaña fazia campanha para que o presidente seja destituído, por Ter libertado o Lino Oviedo, assim contrariando a lei e a decisão da Corte. Em abril de 1999, o vice- presidente do Paraguai foi assassinado, supostamente por homens de Lino Oviedo e Raul Cubas.
Raul Cubas foi destituído depois de varios dias de constante manifestações do povo, em sua maioria partidários de Luis Maria Argaña. O presidente do congresso, Luis Gonzales Macchi, assumiu a presidência da república, e atualmente existe um governo de coalizão no país.

PERFIL ECONÔMICO DO PARAGUAI

PIB: US$ 6 bilhões
PIB per capita: US$ 1.340
Inflação: 20%
Industrias Principais: Soja, algodão, madeira, carne e cana de açúcar.
Maior Parceiro Econômico: Brasil e Argentina

CULTURA DO PARAGUAI

A música paraguaia é bem curiosa - apesar de que a maior parte da população ainda fala a língua nativa, a origem da música é européia, e não contém influencia argentinas ou brasileiras.
O violão é o instrumento popular do país e os ritmos populares são a polca, guarania e a cachaca. Agustín Barrios (1885-1944) é a figura mais conhecida da música paraguaia, obtendo destaque no meio nacional e internacional. No âmbito literário, Augusto Roa Bastos, figura internacional da literatura, é o grande destaque.
Pratos compostos de carne e grãos (particularmente o milho) são os preferidos no país. O churrasco é muito popular e este esta normalmente acompanhado de mandioca. Os pratos tradicionais mais conhecidos são o locro, puchero, soyo e chipa so'ó. A chipa, é o salgado local mais popular do país e sua capital é a cidade de Barrero.

DICAS PARA O VIAJANTE

A maioria dos visitantes precisa de um visto para ingressar ao país, com exceção dos visitantes provenientes de países do mercosul.

DINHEIRO E CUSTOS

Moeda: Guaraní
Acomodação básica: US$ 5-10
Hotel Moderado: US$ 10-20
Hotel de Primeira Linha: US$ 20 ou mais
Refeição Básica: US$ 2-5
Refeição Moderada: US$ 5-10
Restaurante de Primeira Linha: US$ 10 ou mais
O Paraguai é um país mais barato que a Argentina ou Uruguai, mas mais caro do que a Bolívia. Viajantes que gastam pouco podem esperar um gasto de US$ 15 diários, e aqueles que procuram uma melhor refeição e um pouco mais de conforto devem gastar de US$ 20-35 por dia.

QUANDO IR

O clima esta bem distribuído durante o ano todo, sendo Julho o mês mais frio do ano. As chuvas não atrapalham e a região mais chuvosa se encontra na fronteira com o Brasil.

CHEGANDO LÁ E SAÍNDO DE LÁ

Assunção é uma cidade de fácil acesso no tráfego aéreo do continente. Existem vôos diários para o Brasil ( São Paulo e Rio), Argentina ( Buenos Aires), Chile ( Santiago) e outras cidades importantes. Também pode-se chegar ao país com certa facilidade por terra, pelo Brasil( via Cidade do Leste) e a Argentina ( via Posadas).

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